A regência, tanto verbal quanto nominal, é um pilar fundamental da gramática portuguesa, responsável por tecer as relações sintáticas que dão sentido e clareza às nossas frases. Dominar esse conceito é como afinar um instrumento musical: permite que as palavras harmonizem seus significados, evitando dissonâncias e ambiguidades que podem comprometer a comunicação.

Neste capítulo, mergulharemos no universo da regência, explorando as nuances que governam a relação entre verbos e seus complementos (regência verbal) e entre nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) e seus complementos (regência nominal). Desvendaremos as preposições que atuam como elos conectores, as variações de significado que um verbo pode assumir dependendo da sua regência, e as sutilezas que diferenciam construções aparentemente semelhantes.

Ao longo desta jornada, você descobrirá que a regência não é apenas um conjunto de regras gramaticais, mas sim um guia para a expressão precisa e elegante da língua portuguesa. Prepare-se para aprimorar sua capacidade de comunicação e desvendar os segredos que tornam a nossa língua tão rica e expressiva.

Exemplos Práticos

Para ilustrar a regência verbal e nominal, observe os exemplos a seguir:

Regência Verbal:

• Aspirar:
  • Sentido de desejar: Aspirar a uma vida melhor. (Regência com preposição)
  • Sentido de inalar: Aspirar o perfume das flores. (Regência sem preposição)
• Obedecer:
  • Obedecer aos pais. (Regência com preposição)
• Esquecer/Lembrar:
  • Esqueci o livro. (Regência sem preposição)
  • Esqueci-me do livro. (Regência com preposição)
  • Lembrei o compromisso. (Regência sem preposição)
  • Lembrei-me do compromisso. (Regência com preposição)

Regência Nominal:

• Acesso:
  • Acesso à internet. (Regência com preposição)
• Respeito:
  • Respeito aos idosos. (Regência com preposição)
• Capaz:
  • Capaz de tudo. (Regência com preposição)

Tabela Comparativa

Para facilitar a compreensão das diferenças entre regência verbal e nominal, apresentamos a seguinte tabela comparativa: