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Língua Portuguesa – Encontros vocálicos (Ditongo, Tritongo, Hiato)

As vogais se encontram e se combinam de diversas formas, criando sequências sonoras que enriquecem nossa comunicação. Esses encontros vocálicos, que ocorrem quando duas ou mais vogais se encontram em uma mesma palavra, são um fenômeno fonético fascinante, que merece uma análise aprofundada.

Os tipos de encontros vocálicos:

Os encontros vocálicos são classificados em três categorias principais:

1. Ditongo:

  • É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) em uma mesma sílaba.
  • Os ditongos podem ser:
    • Ditongos crescentes:
      • A semivogal, que tem menor intensidade sonora, precede a vogal, que tem maior intensidade.
      • Esse tipo de ditongo é comum em palavras como “água” (á-gua) e “história” (his-tó-ria).
    • Ditongos decrescentes:
      • A vogal, que tem maior intensidade sonora, precede a semivogal, que tem menor intensidade.
      • Esse tipo de ditongo é comum em palavras como “peixe” (pei-xe) e “roupa” (rou-pa).
    • Orais: quando o ar passa apenas pela boca (exemplo: “céu”).
    • Nasais: quando o ar passa pela boca e pelo nariz (ex: “mãe”).

Considere a palavra “pai”. Nela, temos um ditongo decrescente, onde o som da vogal “a” se junta ao som da semivogal “i”, formando uma única sílaba. Agora, pense em “água”. Aqui, temos um ditongo crescente, com o som da semivogal “u” se unindo ao som da vogal “a”.

Em “céu”, encontramos um ditongo decrescente oral, enquanto em “mãe”, temos um ditongo decrescente nasal, onde o som passa tanto pela boca quanto pelo nariz. Outros exemplos de ditongos orais são encontrados em palavras como “roupa”, “peixe” e “noite”, onde os sons vocálicos se unem de forma clara e distinta.

Já os ditongos nasais, como em “pão” e “muito”, apresentam uma sonoridade diferente, com a vibração nasal perceptível. A riqueza da língua portuguesa se manifesta nessas combinações sonoras, que variam em intensidade e sonoridade, enriquecendo nossa comunicação.

Ditongos Decrescentes Orais: pai, céu, mau, roupa, peixe, noite, herói, chapéu, cai, viu.
Ditongos Crescentes Orais: água, série, quadro, gênio, tênue, história, mágua, pátria, glória, vácuo.
Ditongos Nasais: mãe, pão, cãibra, muito, bem, põe, limões, coração, alemães, irmão.

2. Tritongo:

  • É o encontro de duas semivogais e uma vogal em uma mesma sílaba.
  • O tritongo é sempre formado pela sequência semivogal + vogal + semivogal (ex: “Uruguai” /uru’gwaj/).
  • Assim como os ditongos, eles também podem ser orais ou nasais.

Vamos pensar nos tritongos como um trio de sons que se unem em uma única sílaba. Imagine a palavra “Uruguai”. Nela, temos o som do “u” seguido do som do “a” e finalizando com o som do “i”, tudo em uma única emissão sonora. Agora, pense em “saguão”. Aqui, temos o som do “u” precedido do som do “a” e finalizado com o som nasal do “o”, também em uma única sílaba.

Em “averiguou”, encontramos o som do “u” precedido do som do “o” e finalizado com o som do “u” novamente. E em “quaisquer”, o som do “u” precedido do som do “a” e finalizado com o som do “i”. Outros exemplos incluem palavras como “Paraguai”, “enxaguou” e “delinquiu”, onde os sons vocálicos se unem de forma clara e distinta.

Já os tritongos nasais, como em “saguões” e “águam”, apresentam uma sonoridade diferente, com a vibração nasal perceptível. A riqueza da língua portuguesa se manifesta nessas combinações sonoras, que variam em intensidade e sonoridade, enriquecendo nossa comunicação.

3. Hiatos:

Os hiatos, por sua vez, representam uma quebra na fluidez da pronúncia, já que as vogais são pronunciadas em sílabas separadas.

  • É o encontro de duas vogais em sílabas separadas. No hiato, as vogais mantêm sua autonomia silábica (ex: “saúde”, sa-ú-de).
  • A presença de um hiato pode influenciar a acentuação das palavras, como em “saída” (sa-í-de), onde o “i” recebe acento por formar hiato com o “a”.

Exemplos: Saúde (sa-ú-de), Poeta (po-e-ta), Raiz (ra-iz), Coelho (co-e-lho), Dia (di-a), Lagoa (la-go-a), Moeda (mo-e-da), País (pa-ís), Voo (vo-o), Álcool (ál-co-ol), Baú (ba-ú), Piada (pi-a-da), Tia (ti-a), Rio (ri-o), Fio (fi-o)

Considere a palavra “saúde”. Nela, temos o encontro das vogais “a” e “u”, mas elas não se unem em uma única sílaba. Em vez disso, cada vogal mantém sua própria sílaba, formando um hiato. Agora, pense em “poeta”. Aqui, temos o encontro das vogais “o” e “e”, que também se separam em sílabas diferentes, formando outro hiato.

Em “dia”, encontramos o encontro das vogais “i” e “a”, que se separam, assim como em “lagoa”, onde as vogais “o” e “a” formam um hiato. Outros exemplos incluem palavras como “coelho”, onde as vogais “o” e “e” se separam, e “país”, onde as vogais “a” e “i” mantêm suas sílabas distintas.

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