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As pteridófitas representam um grupo de plantas vasculares que marcam um avanço evolutivo significativo em relação às briófitas. A presença de vasos condutores de seiva (xilema e floema) permite que atinjam um porte maior e colonizem uma gama mais ampla de habitats. No entanto, assim como as briófitas, as pteridófitas não produzem sementes e ainda dependem da água para a ocorrência da fecundação. As samambaias e as avencas são exemplos bem conhecidos e representativos desse grupo.

Estrutura e Fisiologia

Diferentemente das briófitas, o corpo das pteridófitas apresenta uma clara diferenciação em três órgãos principais:

  • Raiz: estrutura especializada na fixação da planta ao substrato e na absorção de água e sais minerais do solo.
  • Caule: frequentemente subterrâneo e denominado rizoma, desempenha funções de armazenamento de nutrientes e é responsável pela emissão de novas folhas e raízes adventícias.
  • Folhas: conhecidas como frondes, são geralmente grandes e podem apresentar divisões em unidades menores denominadas folíolos. As frondes são os principais sítios da fotossíntese e, em muitas espécies, também abrigam as estruturas produtoras de esporos.

A presença de tecidos vasculares bem desenvolvidos – o xilema, que transporta água e minerais, e o floema, que transporta os produtos da fotossíntese – é uma característica fundamental das pteridófitas, permitindo o transporte eficiente de substâncias por todo o corpo da planta e possibilitando o crescimento em altura e a complexificação da estrutura.

Reprodução das Pteridófitas

As pteridófitas exibem um ciclo de vida com alternância de gerações (ciclo haplodiplobionte), no qual o esporófito diploide (2n) é a fase dominante e morfologicamente conspícua, contrastando com as briófitas, onde o gametófito é a fase dominante:

  • O esporófito adulto (a samambaia, por exemplo) produz esporos haploides (n) por meio da meiose, geralmente em agregados de esporângios denominados soros, localizados tipicamente na face inferior das frondes.
  • Os esporos, ao germinarem em ambientes úmidos, originam o gametófito haploide (n), uma estrutura pequena, efêmera e geralmente em forma de coração, denominada prótalo, que vive sobre ou no solo.
  • O gametófito produz os gametas: anterozoides (gametas masculinos flagelados) e oosferas (gametas femininos imóveis). A fecundação ocorre quando os anterozoides nadam em uma fina camada de água até a oosfera, um processo que ainda requer a presença de água.
  • A união dos gametas forma um zigoto diploide (2n), que se desenvolve em um novo esporófito, reiniciando o ciclo de vida.

O ciclo reprodutivo das pteridófitas representa uma etapa intermediária na evolução das plantas terrestres, demonstrando uma maior independência do ambiente aquático em relação às briófitas, mas ainda mantendo a dependência da água para a fecundação.

Exemplos e Ecologia

As pteridófitas são encontradas predominantemente em ambientes úmidos e sombreados, como as florestas tropicais e subtropicais. No entanto, algumas espécies são adaptadas a habitats mais secos e até mesmo a ambientes rochosos. São frequentemente cultivadas em jardins e utilizadas como plantas ornamentais devido à beleza de suas frondes.

Exemplos comuns de pteridófitas incluem:

  • Samambaias: um grupo diversificado comumente utilizado em paisagismo e decoração de interiores.
  • Avencas: apreciadas por suas delicadas frondes e frequentemente utilizadas como plantas ornamentais, sendo algumas espécies sensíveis à poluição do ar.
  • Cavalinhas (Equisetum): plantas com caules articulados e ocos, com folhas reduzidas a escamas, encontradas em diversos habitats úmidos.
  • Licopódios e selaginelas: grupos mais antigos de pteridófitas, geralmente de pequeno porte e encontrados em ambientes úmidos ou musgosos.

Ecologicamente, as pteridófitas desempenham um papel importante na conservação da umidade do solo, na proteção de encostas contra a erosão e na formação de microhabitats para pequenos animais e outros organismos. Em florestas tropicais, constituem uma parte significativa da biomassa vegetal e contribuem para a biodiversidade desses ecossistemas.

Resumo sobre Pteridófitas

AspectoDescrição
EstruturaCorpo diferenciado em raiz, caule (rizoma) e folhas (frondes); presença de vasos condutores (xilema e floema).
ReproduçãoAlternância de gerações com esporófito dominante; reprodução por esporos produzidos em soros; fecundação dependente da água.
ExemplosSamambaias, avencas, cavalinhas, licopódios e selaginelas.
EcologiaPredominantemente em ambientes úmidos; contribuem para a conservação do solo e umidade; importantes componentes da vegetação em diversos ecossistemas.

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